Mineira de Divinópolis, Adélia Prado foi professora e escritora, formou-se em Filosofia em 1973 e acumulou vários prêmios ao longo de sua trajetória, entre os quais o Prêmio Jabuti de Literatura de 1978 da Câmara Brasileira do Livro com o livro "Coração Disparado", Prêmio ABL de Literatura Infantojuvenil (2007), Prêmio Literário da Fundação Biblioteca Nacional (2010), Prêmio da Associação Paulista dos Críticos de Arte (2010) e o Prêmio Clarice Lispector (2016). Algumas de suas obras são: Bagagem, Cacos para um vitral, O Pelicano, A Faca no Peito, O Coração Disparado, O Homem da Mão Seca, Terra Santa Cruz.
"Eu só quero saber do microcosmo,
O de tanta realidade que nem há.
Na partícula visível de poeira
Em onda invisível dança a luz.
Ao cheiro de café minhas narinas vibram,
Alguém vai me chamar.
Responderei amorosa,
Refeita de sono bom.
Fora que alguém me ama,
Eu nada sei de mim".
Adélia Prado.