Antologia Além do Olhar, por Zulmar Pessoa de Lima Tamburu.

Antologia Além do Olhar, por Zulmar Pessoa de Lima Tamburu.
 
 

        Antologia Além do Olhar, Publicado em São Paulo, pela Editora Celeiros de Escritores, com a Coordenação de Zulmar Pessoa de Lima Tamburu, no primeiro semestre de 2014.

Caxambu, MG
 

As Mãos que Afagam.


 

São minhas aquelas mãos.

As mãos que afagam o seu sono,

que segura e protege seu tombo.

 

São minhas aquelas mãos.

As mãos que apoiam seu caminho,

que acalenta seu coração,

que te dá o porto seguro,

mostrando qual é a sua direção.

 

Filho pequeno ou grande,

são minhas aquelas mãos.

Que te acolhe por onde você ande,

e se fecha em oração,

pedindo pra ti proteção.

 

São minhas aquelas mãos.

As mãos que lhe dá o pão,

são as mesmas que lhe dá correção.

Deixa-nos também na tristeza profunda,

por corrigir a nossa criação.

 

São minhas aquelas mãos.

Que a noite te abençoa,

no gesto de devoção;

pedindo a Deus criador,

sua vigília em proteção.

 

São minhas aquelas mãos.

Que se une a voz a trovar,

para entoar graças ao pai,

enquanto te ponho a ninar.

Agradecendo com muito amor,

por ser teu protetor.

 

São minhas aquelas mãos.

Pois se palavras um dia faltar,

são elas que vão lhe mostrar,

que por onde tu andares,

nunca vou deixa de ti amar.

 

São minhas aquelas mãos.

Que doa a ti toda segurança,

minha eterna criança.                                                         

São minhas aquelas mãos...  

 

Leandro Campos Alves.

Poema da antologia, Além do Olhar.

ISBN: 978-85-8290-025-3

 


 

  Vida.

 

Não sei se vivo a vida,

ou se é ela que vive em mim,

sendo apenas minha grande amiga,

ou quem sabe outrora,

minha própria inimiga.

 

Sou instrumento de seus desejos,

que sendo ela moleca, e sorrateira,

algumas vezes se faz de zombeteira.

 

Acordo em minutos e vejo,

que também tenho desejos.

Porém a vida corriqueira,

mim leva em seus braços,

deixando meu ser no caminho

de seus entre laços.

 

Mostrando ser ela,

não só aquela companheira,

mas sim...

Dona de minha reles alma,

sendo a senhora verdadeira,

de minha vida estradeira,

neste mundo abstrato,

de nossos próprios atos.

 

Vida bem vivida,

ou apenas construída.

Ela tem os seus encantos,

impõe medo aos profanos.

 

Mas é ela grande amiga,

e sabe à hora até de nossa partida.

Penso em sonhos hilariantes,

e vejo a vida erguida,

na base de minha história,

que deixo na minha memória.

 

Penso e reflito firme,

Sou eu que vivo a vida,

ou a vida que vive em mim.

Assim levo o meu viver,

até o fim do meu ser. 

Leandro Campos Alves.

Poema da antologia Além do Olhar.

ISBN: 978-85-8290-025-3

2014.

 



Essência Feminina.

 

Toda mulher é bem mais que esperamos,

não é apenas um belo corpo,

como nós homens a enxergamos.

Por isso é que não as entendemos,

as mulheres que contemplamos.

 

Por nossa brutalidade,

composta pela nossa falta de sensibilidade.

Nós as olhamos como presas,

esta é a pura realidade,

de nossa natureza.

 

Mas a mulher na verdade,

quer ser vista por suas qualidades,

e não pela sua sensualidade.

 

Quando o homem souber,

os segredos que envolvem uma mulher.

Ele terá alcançado,

a alma do desejo da mulher de fato.

 

Mulher no singular,

expressa a afeição,

que sentimos em nosso coração.

Ela possui a face maternal,

mas sabe também doar seu amor carnal.

 

Essência feminina,

mulher que nos domina.

Ao decifrarmos seus enigmas,

notaremos a nossa ignorância,

e como é simples entendê-las,

basta esquecer a nossa arrogância.

 

Arrogância de homens brutos,

porque não usar a franqueza,

e aceitar que somos xucros,

infelizmente é parte de nossa natureza.

Esta é a nossa fraqueza.

 

Mulher só quer...

Ser amada.

Contemplada.

Cuidada.

E admiradas.

Mas jamais maltratas.

 

Essência feminina,

isso me atrai e domina...

                                

 Leandro Campos Alves.

Poema da Antologia Além do Olhar.

ISBN: 978-85-8290-025-3

2014.

                         



 

 

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