Antologia Ao Intento do Vento.

Antologia Ao Intento do Vento.

Ao Intento do Vento - Poesias nas Montanhas de Minas

Academia Mineira de Belas Artes

Organização: Paulo Siuves

Prefácio

Apresentação da AMBA

Apresentação da Coletânea

Homenagem filho Erick

 

Autores que compõe a obra.

 

Ainê Pena

Alfredo de Souza Pereira

Ângelo Roberto

Anne Siqueira

Antônio de Paula Apoli

Bady Curi

Bruno Schwabenland

Carlo Frederico

Catarina Labouré M.B. Ferreira

Célia Regina Lacerda Pinto

Cícero Chritófaro

Cláudia Cardoso

Cláudio Hermínio

Dalvilson Policarpo

Deilane Siuves

Douglas Freira

Edna Marilda

Eduardo Flávio Jacob

Edvaldo Rosa

Elaine Beltrão

Eliane Negrão

Eliany Leite Mendonça

Eluciana Iris

Estella Cruzmel

Francine Rodrigues

Gevandir Muniz

Glenda Brum de Oliveira

Hazel de São Francisco

Henrique Lucas

Irislene Castelo Branco

Jania Souza

Jacqueline Souza

Jefferson Lima

João Bosco do Nordeste

 José de Castro Rodrigues

José Hélito Martins

Jusmaria da Cunha Carvalho

Katia Regina Souza Lima

Leandro Campos Alves

Leslie Ceotto Deslandes

Lin Quintino

Luzia Lina

Margarete Prado

Marilha Caldas

Maze Oliver

Mitiko Yanaga Une

Nara Pamplona

Neuza de Brito Carneiro

Orlando Sampaio

Paulo Siuves

Rogério Veiga

Ronald Tavares

Rosemary Chalfoun

Samanta Aquino

Serafina Sardinha

Silvia Araújo Mota

Sirleia Rodrigues

Sol Figueiredo

Tânia Guimarães

Toni Ramos Gonçalves

Val Bernardino

Vanderlei Antônio de Araújo

Wellington Madeira Barreto

Wilson Dimani Guimarães

 

Leandro Campos Alves - páginas 169 à 172

 

Leandro Campos Alves é o autor do poema épico “O Viajante” reconhecido oficialmente pelo livro dos recordes em 2018, como o maior do Brasil, podendo ser considerado também como o maior poema mundial da Literatura Portuguesa, com mais de 10875 versos e 2022 estrofes. O autor tem dislexia, porém possuidor de um currículo invejável.

 

Verão

 

Cai a noite tardia,

nessa nova estação.

Hoje se inicia,

o calor do verão.

 

Traz consigo o fervor,

de novas emoções.

Clima propício ao amor,

que aquece nossos corações.

 

Corpos ardentes se despem,

mostrando a verdadeira beleza,

dos amantes às avessas.

 

A luxúria aquece,

o amor prevalece,

no verão! Tudo acontece.

Poema: Verão

Autor: Leandro Campos Alves

 

 

Envelhecer.

 

Valores mudam,

sentimentos mudam,

a vida muda,

e o ser humano evolui.

Nascemos enxergando o futuro, e apreendemos que o futuro foi passado.

Amamos as pessoas como se fossem únicas e eternas, e descobrimos que na maioria das vezes, estas pessoas que tanto amamos ao ponto de idolatria, friamente mudam seus valores, e passamos a ser vistos por elas como completos desconhecidos, chegando muitas vezes a ignorar nossa própria existência, e nossas necessidades afetivas.

O tempo parece parar, mas quando percebemos a idade passou, a família partiu, os amigos o tempo fez esquecer, e nossos filhos formaram suas famílias e se distanciaram. Então olhamos para o lado e descobrimos que sobrou muito pouco do passado, mas o pouco que resistiu é a fortaleza do nosso amanhecer.

Sobrou a Fé...

Fé que muitas vezes a esquecemos na juventude, e com a sabedoria da idade ela se faz verdadeira e presente.

Sobraram o dia e as noites de orações, procurando nelas o perdão do mesmo passado e o reencontro com Deus.

Sobrou a unidade do amor, representado pelos cabelos grisalhos e a face marcada pelo tempo que cruelmente já não mostra a beleza da juventude, e sim, mostram as rugas dos desentendimentos.

Muitas foram as noite ouvindo o murmúrio de choro, que parecia com os sons da mesma fortaleça se retendo a força dos ventos, sem imaginar que o choro no silêncio da noite era por nós, ou por nossa causa.

Porém nem tudo é marca de dor e sofrimento, estas mesmas marcas representam a persistência, a experiência, a marca da sobrevivência do amor e da tolerância.

Sobraram a história de nossas vitórias, o companheirismo e a cumplicidade.

O tempo passou e deixou no mesmo passado todos aqueles que um dia amamos, ou, achávamos que amamos.

Somente resistiu na intolerância do tempo, o verdadeiro e único amor, o porto seguro que mesmo marcada pelas mágoas pertinentes em nossa juventude, será sempre parte viva e sobrevivente desta história chamada família.

O começo de nossa caminhada no mundo e o final são iguais para todos, o que muda é como cada um preenche este espaço chamado de tempo.

A vida passa....

Leva nossos amigos e deixa nossa história escritas pela pena de nossos atos, resistindo a tudo apenas o verdadeiro amor...

Na noites frias ou calorosas das estações do tempo, olhem para o lado, e amem a única pessoa que provavelmente estará com você no final deste livro chamado Vida.

 

Crônica: Envelhecer

Autor: Leandro Campos Alves

 

O homem do campo perdeu o encanto.

 

Hoje a roça está triste, não vejo mais a alegria em seu entardecer.

O cabo da enxada perdeu espaço para a capina química, a junta de boi para o arado mecânico, e a ordenha então?  Nem tem comparação, aquele contato quente e apaixonante do homem ordenhando o animal, perdeu o encanto, pois a ordenha mecânica trouxe a frieza do capitalismo para as tetas da vaca.

O entardecer perdeu o encanto e trouxe a tristeza, pois não ouvimos mais a algazarra dos pássaros ao cair da noite, muitos pássaros morrem no contato de remédios químicos que cuidam da saúde animal e das plantações.

O mesmo cair da noite trouxe a frieza na ausência da fumaça da chaminé, sinal de boa conversa ao redor do fogão a lenha, sinal de família inteira reunida e amigos proseando.

Hoje a chapa de ferro encontra-se gelada. O fogão já não tem o cheiro e barulho da madeira em combustão, a cozinha não tem o cheiro do bom feijão caipira, com a couve refogada na banha de porco e o torresmo fritando em repouso na chapa negra e quente.

O homem do campo perdeu o encanto, com ele a minha alegria rural foi sepultada, perdi o exemplo de vida no aconchego do calor humano da roça.

Hoje as máquinas tomaram o campo, pequenas e grandes extensões de terras viraram empresas capitalistas que derrubam o que, ou, quem que se impõem em sua frente, tudo em nome do orgulho.

Valores perderam o sentido, pelo qual família inteira se dedicavam uns aos outros, e todos em prol à cultura caipira, na labuta sofrida, mas humanitária, onde todos amavam todos, e a irmandade era sagrada.

Valores se perderam por este mundo moderno, que o homem do campo não é mais do campo, e sim, da cidade que vai ao campo como impostores, que sugam do seio da terra o orgulho de se mostrarem bem sucedidos, sem fazerem questão de deixarem os animais em pequenos espaços, como bibelôs que só servem para retirarem a seiva da vida.

A roça já não tem a capina de compadres, a correria das crianças, a imparcialidade da família.

O homem do campo perdeu o encanto, e com ele levou o meu orgulho por ter a origem caipira.

 

Crônica: O homem do campo perdeu o encanto.

Autor: Leandro Campos Alves

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