Sombra a morte,
no vale do desespero.
Estrondoso dia,
de lama, dor e enterro.
Fúria da natureza,
na ruptura da obra humana.
Desrespeito da força estática,
levando no torso a dor, água e lama.
O vale se faz noite,
o choro ecoa e reclama.
A saudade daqueles,
que deixou aqui quem os ama.
Corpos espalhados e submersos,
debaixo de muita lama.
Que chora hoje em meus versos,
por aquele que já não “reclama”.
Lama de incompetência e desrespeito,
que matou bichos, sonhos e gente.
Lavrou em nossa a história,
a certeza!
Que o maldito dinheiro compra a vida da gente.
Brumadinho.
Autor: Leandro Campos Alves
Foto: Defesanet - Piloto Major Karla Lessa conduz resgate dramático