Maria Aparecida da Silva, nascida em Barra Mansa, RJ, no dia 21-08-51, empresária de moda e beleza, aposentada!
Estudou no Grupo escolar Henrique Zamith e Barão de Aiuruoca, divorciada, três filhos e três netos.
Juntamente com duas amigas fez um grupo de poesias, e passou a conviver diariamente no bate papo do mesmo. Hoje administra dois grupos.
Ao se misturar com os poetas se sentiu desafiada a escrever, começou timidamente a escrever no dia 03-03-2016. Já tem mais de 200 poemas e uns poucos contos escritos, participou da Antologia Encontros Di Versos e um e-Book. Autodidata, assina seus versos como Isa Ma da Silva, Isa é o nome como é conhecida e M.A. da Silva é sua assinatura em documentos.
POESIA
A poesia fascina, o garboso verso etéreo,
que desliza na solidão sufocante.
Poesia, puro encantamento,
ao folhear o livro, sentir a textura,
do papel sedoso, o cheiro.
As letras em minha frente, a bailar
palavras de uma profundidade poética, incrível.
Sensibilidade a jorrar, no solo límpido
do papel em brancas nuvens,
a formar frases em doces melodias.
O lirismo do violino, soltando notas
no ar despoluído das rimas
atravessando meu dia de névoa outonal.
A poesia fascina, o garboso verso etéreo,
que desliza na solidão sufocante.
Na noite clara de lua, vejo a solitária poesia,
em delírios? a navegar, nas pontas dos dedos.
Tecendo mosaicos? de pequeninos sonhos,
em águas claras fugidias, unindo letras
da aurora, nascidas em metáforas arrepiantes.
Desprovida de atropelos e amargor?,
poemando a distância que separa e une.
A punjança que alimenta os oceanos ao léu
Ânsia incontida, nos olhos pulsantes e ardentes,
exaurindo o vulcão em lavas libidinosas,
nas chamas riscadas de giz.
Poesias destilada da mente pulsante.
Poema: Poesia
Autoria: Isa Ma da Silva
O Tempo
O tempo é algo muito ingrato e terrível
Ele nos leva a beleza, leva o amor
Desunindo pra sempre, como as areias nas águas.
Ele seca as palavras e também a saudade
Leva as lembranças e seca as lágrimas
Só deixa, nas paredes os retratos de família
Os corpos vão vagando secos, e a cabeça oca
O tempo seca o desejo e seca o amor
Seus ciúmes, disputas, as loucuras e beijo na boca
As conquistas e vitórias, das lutas do cotidiano
Os vestígios dos desesperados e famélicos
Não dá pra esperar pelo ingrato tempo
A fome é hoje, é agora... O tempo aqui é maquiavélico
Ódio e inveja, deixe o tempo para longe levar
Não faz bem a ninguém, muito menos a quem odeia
Esperar pelo tempo, num tempo de alegria para então amar...
Poema: O Tempo
Autora: Isa Ma da Silva
Oração do Silêncio
Já que o surdo silêncio é mudo
E que nele posso voar sem rumo
Não respondas nunca
Ás perguntas mais urgentes
Aquelas, que te fiz calada
Deixa-me então ser feliz
Agora, tão longe de ti dentro de mim
No silêncio, na inquietude da dor
perdemos a vida, e meu desejo de viver, é tanto
Que em mim a chuva foi tempestade
Quando, foi finito o nosso amor
O tempo... Aquele ingrato já passou
Hoje já há paz, e calmaria
Não perturbes a paz a mim regalada
Se ouço novamente a tua voz
Seria matar a sede, bebendo água salgada...
Poema: Oração do Silêncio
Autora: Isa Ma da Silva
Meu Silêncio
O silêncio cala, o dilacerado e pulsante coração
O silêncio a alma e á Deus, fala com fervor
minh'alma tristonha, chora o pranto da saudade
O barulho do silêncio é ensurdecedor
Ele pára nessa hora, a nos ouvir com amor de mãe
Manda seus Anjos nos proteger sob suas asas
Nos ilumina, direcionando os nossos caminhos
Em suas asas podemos voar e planar
Em canteiros de jasmins, a perfumar minha vã existência
Sem amor, chovendo na alma vazia, a flutuar
O silêncio e os anjos me levam a qualquer canto
Não se via ou ouvia nenhum barulho, nem um riso de luz
No mar calado, não havia o barulho das ondas, encanto
Não dá pra fotografar o imperturbável silêncio
Pra mostrar ao meu grande e perdido amor
Mas, fotografei o perdão azul e a nuvem vestida de branco
Caiu mais uma vez, uma profunda quietude no meu silêncio...
Poema: Meu Silêncio
Autora: Isa Ma da Silva.
Fontes: Grebal - Link
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